Diante da crise na educação que enfrentamos nos dias de hoje, e da falta de interesse da maioria dos nossos governantes por melhorá-la, ser professor é no mínimo, um ato de heroísmo. Contudo, nesse sistema quase falido, somos apontados como: “Aquele que não ensina, enrola”. Alguns podem até enrolar! Mas, existem aqueles que realmente amam o que fazem! Não é propaganda do Faustão, contudo, temos que nos virar nos 30 para alcançar o objetivo da aula, pois, infinitas são às vezes, que usamos da nossa criatividade para suprir as necessidades dos nossos alunos, devido à falta de recursos nas escolas públicas. Perdi as contas, das vezes em que comprei tinta para recarregar o meu pincel para utilizar o quadro branco. Material para tirar xérox sempre foi um tormento. Livro didático era o bicho. Se você, como professor, quisesse inovar algo, os alunos até mostravam algum interesse. Já, àqueles colegas acostumados ao comodismo, resmungavam. O lema atual é: “Se correr o bicho pega... Se ficar o bicho come!” O pior é passar noites em claro preparando aquela aula, e quando chegar em sala, na manhã seguinte, se deparar com alunos desanimados. O que fazer para minimizar estes problemas? E normal encontra professores desmotivados pela falta de reconhecimento, capacitação e salários baixos. Alunos desinteressados. Escolas públicas sem recursos. Gestores despreocupados.
Para começar, deveria haver a troca desses gestores por outros que tivessem sede de mudanças! Que estes levassem aos professores, cursos de capacitação, de autoestima e melhorassem os seus salários. Afinal, um indivíduo que preparar-se para qualquer profissão, tem que passar por vários professores. Então, é justo haver o reconhecimento desta profissão tão sofrida o mais breve possível! Investir nas escolas não é só uma obrigação, mas, um dever de governantes conscientes. Pois, verbas são enviadas para os estados e municípios. Deveriam implantar nas escolas recursos audiovisuais; informática; salas iluminadas, climatizadas a prova de ruídos externos e com caixas de som acopladas para uso de microfones auriculares ou de lapela, assim, minimizaria os distúrbios na voz que acometem a saúde de muitos professores. Outro bom recurso seria, a implantação de um SOE (Serviço de Orientação Educacional) em cada escola pública, administrado por um ou dois profissionais na área da Psicopedagogia, onde este, juntamente com todos que fazem a escola: funcionários em geral, alunos e familiares buscariam formas de melhoria para sua instituição, encontrando soluções possíveis para problemas no âmbito escolar.
É claro que, professores sendo reconhecidos, capacitados e remunerados de forma justa, com certeza, terão ânimo e maior desempenho nas suas atribuições. As escolas, também devem apoiá-los e não coibi-los de realizar seus projetos educacionais. Desta forma, haverá a união do útil ao agradável. E, todos sairão ganhando!
Imaginem a escola do futuro... “Bem estruturada com todos os recursos necessários; espaço físico apropriado; profissionais capacitados, reconhecidos e bem remunerados; alunos interessados e acompanhados por um SOE que atenda, não só, suas necessidades, mas, o bem comum da escola”. Seria um sonho maravilhoso, não muito longe da realidade, podem crer! É só mudar os comodistas que se alimentam do colapso da educação.