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São Miguel dos Campos, Alagoas - Brasil, Brazil
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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ser professor em época de crise na educação é um ato de heroísmo.


Diante da crise na educação que enfrentamos nos dias de hoje, e da falta de interesse da maioria dos nossos governantes por melhorá-la, ser professor é no mínimo, um ato de heroísmo. Contudo, nesse sistema quase falido, somos apontados como: “Aquele que não ensina, enrola”. Alguns podem até enrolar! Mas, existem aqueles que realmente amam o que fazem! Não é propaganda do Faustão, contudo, temos que nos virar nos 30 para alcançar o objetivo da aula, pois, infinitas são às vezes, que usamos da nossa criatividade para suprir as necessidades dos nossos alunos, devido à falta de recursos nas escolas públicas. Perdi as contas, das vezes em que comprei tinta para recarregar o meu pincel para utilizar o quadro branco. Material para tirar xérox sempre foi um tormento. Livro didático era o bicho. Se você, como professor, quisesse inovar algo, os alunos até mostravam algum interesse. Já, àqueles colegas acostumados ao comodismo, resmungavam. O lema atual é: “Se correr o bicho pega... Se ficar o bicho come!” O pior é passar noites em claro preparando aquela aula, e quando chegar em sala, na manhã seguinte, se deparar com alunos desanimados. O que fazer para minimizar estes problemas? E normal encontra professores desmotivados pela falta de reconhecimento, capacitação e salários baixos. Alunos desinteressados. Escolas públicas sem recursos. Gestores despreocupados.
Para começar, deveria haver a troca desses gestores por outros que tivessem sede de mudanças! Que estes levassem aos professores, cursos de capacitação, de autoestima e melhorassem os seus salários. Afinal, um indivíduo que preparar-se para qualquer profissão, tem que passar por vários professores. Então, é justo haver o reconhecimento desta profissão tão sofrida o mais breve possível! Investir nas escolas não é só uma obrigação, mas, um dever de governantes conscientes. Pois, verbas são enviadas para os estados e municípios. Deveriam implantar nas escolas recursos audiovisuais; informática; salas iluminadas, climatizadas a prova de ruídos externos e com caixas de som acopladas para uso de microfones auriculares ou de lapela, assim, minimizaria os distúrbios na voz que acometem a saúde de muitos professores. Outro bom recurso seria, a implantação de um SOE (Serviço de Orientação Educacional) em cada escola pública, administrado por um ou dois profissionais na área da Psicopedagogia, onde este, juntamente com todos que fazem a escola: funcionários em geral, alunos e familiares buscariam formas de melhoria para sua instituição, encontrando soluções possíveis para problemas no âmbito escolar.
É claro que, professores sendo reconhecidos, capacitados e remunerados de forma justa, com certeza, terão ânimo e maior desempenho nas suas atribuições. As escolas, também devem apoiá-los e não coibi-los de realizar seus projetos educacionais. Desta forma, haverá a união do útil ao agradável. E, todos sairão ganhando!
Imaginem a escola do futuro... “Bem estruturada com todos os recursos necessários; espaço físico apropriado; profissionais capacitados, reconhecidos e bem remunerados; alunos interessados e acompanhados por um SOE que atenda, não só, suas necessidades, mas, o bem comum da escola”. Seria um sonho maravilhoso, não muito longe da realidade, podem crer! É só mudar os comodistas que se alimentam do colapso da educação.

Educação em Crise. De quem é a culpa?


Apontar culpados é fácil! O difícil é reconhecer que também temos culpa.
Do que adianta só reclamar, se continuamos de braços cruzados? Cada um, não só pode, mas deve se mobilizar e fazer a sua parte! Exigimos os nossos direitos, no entanto, deixamos muitas vezes de cumprir com os nossos deveres. Que cidadão é este, que cobra da escola a “Educação” dos filhos?
A escola tem o dever de “Ensinar”! “Educar” é obrigação exclusivamente dos pais! Que exemplo podemos dar aos nossos filhos quando mandamos que façam algo de uma forma, e nós, seus pais, fazemos o oposto?
Como dizem os mais velhos em sua sabedoria: "Educação vem de berço!" E não, a frase usada por muitos, para justificar seus erros: "Faça o que eu digo, mas não faça, o quê eu faço!" Será que esses pais, ainda não se deram conta, que são “espelhos” para seus filhos? Adianta ensinar para os filhos que não devem jogar papel no chão, se eles próprios ao desembalar um bombom, joga a embalagem pela janela do carro? Um outro exemplo seria: Se você está em um transporte público, acompanhado do seu filho adolescente, ambos sentados, e entra na condução uma senhora idosa, o quê você faz? Finge não vê-la para não ter que sair do seu comodismo? Ou cede o lugar?
Se você educou bem seu filho, com certeza, partirá dele a atitude de ceder o lugar. Porque ele aprendeu com você que, os mais velhos devem ser tratados com cuidado e respeito, e já deve ter visto, muitas de suas ações a respeito disso. Atitudes positivas diante dos filhos contribuirão muito para sua formação educacional, já que a tendência é a imitação das boas ações. Este, com certeza, será um ponto positivo de sua colaboração para o currículo da vida deles!
Aos pais, aconselho participarem mais da vida de seus filhos! Conversem com eles e peçam suas opiniões. Deem a eles, aquele crédito de confiança que vocês gostariam de ter recebido de seu pais. Conquistem sua amizade. Mas, saibam dizer "Não", quando necessário! Esta, também é uma forma de amar e pode até livrá-los de apuros! Devemos impor limites, mas sem constrangê-los! É com diálogo que conseguiremos encontrar uma boa saída para ambas às partes. Façam com que eles sintam-se à vontade para fazer-lhes perguntas. Mas, se você não souber responder ou ficar constrangido, quando o assunto for, por exemplo: “sexo”, peça auxílio a uma pessoa próxima a vocês que domine o assunto. Tudo tem que ser explicado de forma simples, direta e verídica. Ainda, mas, se seus filhos forem adolescentes!
Como professora de biologia e psicopedagoga, pude perceber em sala de aula, como muitos jovens são desinformados neste tipo de assunto, e são muito carentes de afeto e atenção. E, que, essa agressividade que muitas vezes afloram através de suas palavras e atitudes, são para encobrir essas carências. Eles não gostam de serem expostos! Querem a todo custo mostrar que são fortes e que não precisam de ninguém.
Faço aqui, um apelo aos meus colegas professores, que estejam sempre atentos aos seus alunos em sala de aula. Principalmente aos indisciplinados! Antes de lhes aplicar punições, ouça-os! A indisciplina é uma forma de chamar a atenção, principalmente dos pais, que muitas vezes, são omissos por acharem que a escola tem a obrigação de educar. Ou porque, são realmente leigos na situação e não sabem como agir. De qualquer forma, peço que tenham paciência e procurem ajuda de um especialista o mais breve possível.
Ao detectar problemas comportamentais em alguns dos meus alunos, passei a abordá-los para conversar. Senti que, com essa minha atitude, os aproximei mais de mim e adquiri deles confiança e um comportamento melhor não só na escola, mas, em casa também. Pois, fui procurada por alguns pais pessoalmente, e também, através do meu Orkut e MSN para conversar sobre os mesmos. É bom saber que, com as palavras certas, podemos chegar ao coração desses jovens e ajudá-los a valorizarem-se e a buscarem o melhor caminho para suas vidas.
Quando encontramos um ex-aluno na rua, e ele nos aborda dizendo: “_O que sei e sou hoje devo também a senhora professora, através de seus ensinamentos e incentivos. Obrigado!” É muito gratificante ter esse reconhecimento numa época em que ensinar tornou-se um grande desafio.